A Amazônia possui 6,9 milhões de quilômetros quadrados e pertence ao território de nove países sul-americanos (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa). Rica em biodiversidade, é na Amazônia que reside metade das espécies terrestres do planeta. São aproximadamente 40 mil espécies de plantas e mais de 400 espécies de mamíferos. Os pássaros somam quase 1.300, e os insetos chegam a milhões.
No Brasil, o bioma, cobre 4,2 milhões de quilômetros quadrados, representa cerca de 60% da bacia amazônica e 49% do território nacional, e se distribui por nove estados: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão.
A Nossa Amazônia
Hoje em dia todos defendem a Amazônia. Cada um defende “a sua” Amazônia, mas ainda se ignora a violenta história da presença humana aqui, com a chegada dos europeus (ingleses, franceses, holandeses e espanhóis). A história natural da sua riquíssima fauna e flora permanece em fragmentos. Publicações e reportagens, pesquisas e estudos, campanhas e movimentos, quase sempre lutam por uma parcela da imensa realidade amazônica: floresta tropical, recursos minerais, territórios indígenas, fauna, populações ribeirinhas, água doce, parques nacionais etc. O que seria mais urgente defender senão a própria Amazônia?
Para defender a Amazônia (ou qualquer outra coisa) é necessário conhecer sua história, pois é o olhar histórico que vai determinar o entendimento da situação atual e a busca de saídas sustentáveis.
É nisso que acreditamos e é isso que nos move, levar nossos viajantes muito além do óbvio, levá-los muito além de serem meros observadores. Queremos conduzi-los mais a fundo em cada uma das partes que compõem essa região continental, lançando um olhar muito além dos dias de hoje, convidando-os para uma expedição pelo território e pelo tempo da Amazônia.
Texto adaptado do Prefácio do nosso livro de cabeceira “Quando o Amazonas corria para o Pacífico: uma história desconhecida da Amazônia” / Evaristo Eduardo de Miranda. 2007.
